Carência de cálcio

Esta é uma preocupação constante dos profissionais de saúde e a situação fica
preocupante pelo avanço da idade. No caso de pessoas vegetarianas, a
maioria dos profissionais de saúde olha com desconfiança. Contudo há de se
considerar que a relação leite e cálcio não é tão direta quanto parece.
A visão lógica na área de saúde é que precisamos ingerir fontes de cálcio para
suprir a necessidade deste mineral no organismo, independente de qual seja a
fonte. Mas é importante saber de que forma este cálcio está sendo ofertado.
A fonte mais comum de cálcio até os dias de hoje, promovido pela ciência e
pela mídia são os laticínios. Na verdade existe cálcio em outros alimentos,
muitas vezes negligenciados, como as sementes oleaginosas e vegetais
verdes.

MAPA DO CONSUMO DE CÁLCIO


Um problema que mais tem chamado atenção dos especialistas, profissionais e
organizações promotoras de saúde é o crescimento elevado das doenças
crônicas degenerativas como câncer, por exemplo. Sabe-se que um dos
fatores que favorecem este crescimento é o estilo de vida contemporâneo que
inclui alimentação industrializada. A alimentação industrializada é promotora da acidificação do organismo criando ambiente favorável para processos
inflamatórios e desenvolvimento do câncer. O mais incrível é que o corpo,
dentro de suas possibilidades luta pela busca do equilíbrio.
O pH do corpo humano é levemente alcalino, em torno de 7,4. A alimentação
industrializada, cheia de conservantes e substâncias não reconhecidas como
alimento, o açúcar e os refrigerantes, que reúnem o açúcar e as citadas
substâncias, ao lado do ar e da água em condições inapropriadas, são
responsáveis pelo processo de acidificação contínuo de nosso corpo. Só as
crianças ainda tem corpo no pH próximo do ideal, dependendo da qualidade de alimentos que ela ingere.
O corpo humano vive em luta constante na busca do equilíbrio de pH. O cálcio
é um elemento alcalinizante, assim como magnésio. O fósforo por sua vez é
acidificante. Há estudos que demonstram o grande crescimento nos índices de
osteoporose mesmo em populações que consomem muito leite. Claro que
existem diversos fatores associados a este problema, como falta de exercício e
o excesso de gordura na alimentação. Contudo gostaríamos de salientar que a
solução mais comum tem sido: se você tem descalcificação deve comer mais
laticínios. Isto parece não estar sendo eficiente.

Já falamos que a vida e alimentação moderna acidificam o sangue. Na demanda do corpo por alcalinizar, ele busca elementos que possam alcalinizar
o sangue e busca depósitos de algum elemento alcalinizante. Os ossos são
excelente fonte e o corpo resgata cálcio destes depósitos para solução imediata. Enquanto isto a pessoa consome mais leite com cálcio (alcalino) e
fósforo (ácido) gerando ciclo vicioso.
Acontece que o cálcio ofertado pelos vegetais verdes, como brócolis e couve,
está ligado à magnésio, um elemento tão alcalinizante quanto cálcio. Esta seria
a melhor suplementação do mineral, pois traz mais benefícios do que o leite,
além de outras questões como processos inflamatórios, ausência de enzimas,
assunto para outra conversa.