Ganhando saúde pela culinária

Antigamente as mães naturalmente ensinavam seus filhos e filhas habilidades domésticas muito úteis, como organizar e manter uma casa limpa, cuidar de animais, limpeza conservação de roupas.  Muitas vezes este ensino não era sistematizado. Contudo a presença da família em casa, as necessidades de ajuda, a observação do que a mãe realizava ia produzindo resultados. Sei que existiam mães super protetoras e avós zelosas de seus segredos culinários. Algumas temiam pela segurança das crianças.
As mães de famílias com menor poder aquisitivo por vezes atribuíam cedo a responsabilidade do cuidar para o filho(a) mais velho. Coisas como estas ainda acontecem hoje em dia. Mas eu falo de algo diferente.
Eu estou falando da transmissão do conhecimento, das técnicas de cozinha, pontos de cozimento dos alimentos, temperos e ervas, ponto de calda, técnicas de armazenamento. Ancestralidade e ao mesmo tempo praticidade. Respeito ao tempo de cada alimento produzido e formas de conservá-lo para usufruir dele em outros momentos do ano.   Algumas mães e avós solicitavam ajuda ou até mesmo chamavam para que o filho ou neto aprendessem as artes na cozinha, geralmente a menina.
Tive bons alunos de gastronomia que aprenderam cedo, por necessidade ou curiosidade, mas sempre ávidos pelo aprender e pela prática da mágica transformação da comida.

Hoje proliferam blogs, páginas, canais de gastronomia, na prática arte de fazer comida. Muitos trazem a simplificação, mas existem aqueles que complicam não vale a pena ver. Creio que isto deve explorado nas escolas e nos lares, dar oportunidade de descobrir velhos livros de receitas ou modernos blogs. O mais importante é pensar que a comida faz parte de nós e por conta disto deve ser bem preparada.
Quando se pensa em saúde, exercício diário, água, repouso são aspectos importantes, mas as substâncias que compõem o alimento e a comida passam a fazer parte de cada um de nós, de cada célula de nosso corpo. Por isto é tão importante escolher selecionar o que proverá saúde e qualidade de vida.

Ciência e sabedoria devem caminhar aliadas. Antigamente as pessoas compravam comida na feira, caminhavam, consumiam alimentos frescos. Muitas vezes minha mãe relata que “pisava” milho e arroz no pilão, que preparava o milho para a canjica (mugunzá, na Bahia), que bebia água fresca da fonte, não contaminada. Mesmo que este cenário completo não seja possível, faça adaptações. Faça investimento de tempo, na cozinha, prepare seu alimento, envolva sua família as crianças, na modelagem de um biscoitos, na mistura de uma massa, na decoração de uma salada. Escolhas alimentos naturais, frescos, no mercado ou na feira de bairro. Eventualmente visite uma feira numa cidade de interior. Conheça a cultura do lugar, converse e desfrute da comidas da terra. Elas são fonte de vida e vigor.